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IA: estar confuso com tanta novidade é o novo normal




Resisti muito em usar essa expressão, pois ela me arrepia só de lembrar dos tempos horríveis que vivemos, mas no contexto atual, acredito que ela se adequa perfeitamente ao turbilhão que a Inteligência Artificial está nos trazendo.


Estamos vivendo literalmente uma revolução com a democratização do Chat GPT e de tantos similares que chegaram tão rapidamente ao mercado. E não sou eu quem está dizendo isso. São os maiores especialistas tech do mundo. E como tudo na vida, essa revolução da IA tem um lado bom e um lado ruim.


Porém, a grande verdade nesse ponto é que como é tudo muito novo e o potencial é gigantesco, ainda não conseguimos ter certezas sobre seus reais e futuros benefícios e malefícios. E não estou aqui me referindo aos óbvios, porque esses você já deve ter lido umas 10 vezes em algum lugar.... Que empregos serão substituídos por “máquinas”, mas outros novos irão surgir, a gente ouve desde que estudou a Revolução Industrial e afins.... Porque sim, de tempos em tempos, grandes revoluções acontecem e provocam mudanças imensas. E meu guru, Bill Gates, já afirmou que estamos diante de uma nova era e sujeitos a todas as variáveis que vêm no pacote. As diferenças mais relevantes do momento são a velocidade e a capacidade de processamento dos dados que já se encontram disponíveis a poucos cliques de qualquer um de nós.


Essa semana, participei de um evento sobre Inteligência Artificial e ouvi Walter Longo usar o termo tsunami. Um outro palestrante começou sua fala dizendo que o mundo teve uma parada respiratória (ou respira por aparelhos??). Talvez seja um pouco de exagero, afinal está tudo sob médio controle... Ou será que não? Sei que começaram a mostrar uma série de exemplos sinistros, alguns diria até que impressionantes de acreditar.


Mas se a IA vai disponibilizar conteúdos e conhecimentos de alto nível e executar trabalhos que levariam bem mais tempo que nós humanos levaríamos para fazer, que habilidades teremos que desenvolver para continuarmos relevantes e “empregáveis”? Dentre as coisas fantásticas que Walter falou, me chamaram a atenção a imaginação, a criatividade e o repertório que, segundo ele, serão cada vez mais valorizados. Eu acrescentaria no pacote a análise crítica.


A IA gera respostas rápidas com um grau de complexidade muitas vezes impactante. Mas quem faz o INPUT, quem coloca a pergunta ou o problema na frente da máquina somos nós. Se o homem não tivesse imaginado, o avião não teria sido criado, não existiriam soluções para a cura de várias doenças, o próprio computador não existiria. A capacidade de imaginar, criar e analisar criticamente através do repertório de vida,é NOSSA! A IA vai fazer ultra mais rápido o que nós comandarmos. E é nesse aspecto que se dá a grande importância não só de fazer as perguntas corretas e brifar assertivamente, mas também de analisar criticamente o que a IA nos apresenta como resposta (ou parte dela).


Aliado a tudo isso, não podemos esquecer que a intuição, a emoção, a consciência, os valores, a ética e os sentimentos são insubstituíveis, pelo menos até agora (não dê ideia) e entram no seleto grupo de “tudo que não puder ser digitalizado terá mais valor”!!


Ainda temos muitooo a acompanhar, porque o Chat GPT tem apenas 5 meses de vida. E se seu nascimento já causou toda essa confusão, respiremos profundamente e vamos estudar, nos aprofundar e melhorar nosso repertório e capacidade analítica. Não tem jeito. A regra do jogo agora é essa: quanto mais a gente estuda, mais “em estado encantador de confusão” a gente fica!

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